sexta-feira, 25 de março de 2011

Fiz minha própria música ouvindo a sua

Tudo está solto, não tenho com o que me preocupar
Não há nada pra explicar
Estou com o fone no ouvido e ouço a (s) minha (s) música(s)
Me perco solta, sozinha nesse ambiente


Ela canta no meu ouvido com uma sonoridade absoluta, ela morde a boca e quase não se entende seu inglês de geladeira, mas ela me leva ao paraíso, ela me deixa desconectada do resto do mundo . . . eu não escuto mais o mundo das pessoas, nem das máquinas.


Quem é ela, quem é ela, quem é ela, fala logo pra mim!!!
Lembro de cenas picadas feito papel no quarto da sacada
Ela cantava e eu dançava a dança das pernas entrelaçadas
Sem nenhum compromisso com nada, sem ter nada pra explicar
Eu testava o novo arco e flecha, brincava de te atravessar, hahahaha
Play . . . play meu bem, vamos jogar outra vez!


Se eu virar purpurina ou for arremessada pela janela,
não espere que eu me esborrache no chão
porque eu vou voar sem precisar segurar na sua mão
Dentro de mim mora uma certeza . . . eu vou voar, você não vai mas me alcançar
E saiba que antes das quatro luas eu não vou voltar
ah eu não vou mais voltar, não vou voltar nunca mais!
Eu sei, tenho essa mania personalizada – sou pra sempre, mas também sou pra nunca mais!


Ela voltou!
Ela grita, bate com força na bateria e estremece meu corpo
Enrola a língua dentro do meu ouvido e canta perdida
Perdida de medo, de desejos e ansiedade

Conto as horas pra levantar e ir embora
Canto suas músicas pra minha alma voar e sair por aí

segunda-feira, 21 de março de 2011

Assim sendo está

Me vi assim de repente, meio sem tempo, sem vontade de escrever.
Até a próxima nuvem branca passar, deixa então passar!

Nada mal, nada ruim, só o tempo de passar . . .

quarta-feira, 9 de março de 2011

Luto de carnaval

É assim, às vezes estamos ao lado e não somos percebidos
Em outras, não tão raras, estamos longe e fazemos a maior falta

Escolhemos quem queremos ao nosso lado, seja para ir ao cinema, para comer um pedaço de pizza na esquina ou para compartilhar o nosso luto.

Conhecemos melhor os nossos "lados'' quando estamos tristes, quando estamos sem o sorriso nos lábios, quando os 4 dias de carnaval é pintado de cinza.

Estar ao lado não é mesmo fácil, estamos o tempo todo julgando, deduzindo, imaginando . . . no fundo estamos mais interessados no nosso próprio bem estar, no nosso capricho, no nosso ego . . . se não piscar duas vezes algo está fora de controle.

O bom amigo é aquele que fala o que você não quer ouvir, é aquele que te deixa com raiva mas fala o que nem mesmo você diria pra você mesmo sozinho no espelho. . . depois te dá um abraço e um beijo e diz: Olha, tudo passa, o carnaval tá animadíssimo mas acaba hoje.

Ainda bem que ninguém reparou na minha fantasia sem graça de carnaval!!!

sábado, 5 de março de 2011

Nosso anjo voltou ao céu!

Natal 2010
Eu e minha família tivemos o privilegio de conviver durante 62 anos ao lado de Aquilles, um anjo em forma de gente. Uma eterna criança que só nos deu alegrias e muito, muito amor e carinho.
Quem já teve o prazer de conhecer ou conviver com um ser especial, como um portador da síndrome de down, sabe o quanto eles nos inspiram e ensinam sobre o amor incondicional, sobre o "dar-se" sem esperar recompensas ou retorno. Como uma verdade, acredito que essas pessoas são anjos enviados para propagar e difundir no seio da família, a união, o amor, a pureza e alegria, sem exigir nada, eles se entregam sem medo, sem hipocrisia, sem dissimulação.
Ter tido um tio tão especial como Aquilles na minha vida, foi realmente uma benção, uma lição de amor, carinho e alegria.

Quillinho viveu todas as fases de sua vida com dignidade e o respeito de todos que puderam compartilhar do seu convívio. Foi criança mimada e paparicada por todos, foi adolescente um tanto rebelde e engraçado, trabalhou, viajou, badalou em festas, dançou muito, comeu tudo que gostava de churrasco a docinhos e bolos de aniversário, de preferência o seu próprio bolo de aniversário, bebeu às vezes escondido da gente, soltou pipa, jogou bola, tocou gritarra virtual, foi bate-bola no carnaval, foi papai noel dos nossos natais, foi um amante da natação na nossa piscina de Muriqui, apreciou o mar e cachoeira igualmente e adorava mergulhar, adorava passear de lancha pelas ilhas da Costa Verde, foi muitas vezes por conta própria e sozinho à Igreja assistir a missa de domingo, foi padrinho incontestável de todos os seus sobrinhos, depois virou avó de todos nós, mas nunca deixou e nem deixará de ser o nosso anjo da paz!

Para um ser que só nos trouxe alegrias e dela fez sua trajetória, nada como partir no início do carnaval, uma data registrada como a festa da Alegria.

Quilles, obrigada por tudo, você será sempre o melhor tio do mundo!
Nosso amor por você é eterno, feliz seja seu retorno ao céu. 
 08/03/1949 - 04/03/2011