quinta-feira, 29 de abril de 2010

Chuva

Às vezes sinto como se a chuva fosse necessária
me deixa leve, tranquila, tão em paz
lava a alma, o corpo e o espírito
Em casa a música da chuva é mantra
canção de ninar pra me aninhar

Que pena que a chuva também pode matar.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

E daí???

Rick Martin saiu do armário!
Essa é a notícia mais comentada dos últimos meses, desde que o rapaz decidiu assumir sua orientação sexual. Amigas, jornais, tabloides, revistas, rádio e tudo mais que possa existir para transmitir notícias uns aos outros, estão vendendo a imagem e a opção do cantor.
Isso me levou a pensar . . . e daí? E eu com isso, e o País com isso? Lembrei até do BBB, porque no fundo no fundo a maioria adora mesmo é estar por dentro da vida alheia esquecendo da sua própria. Cuidando pouco das suas revelações e dos seus armários pra espiar o decote ou a grama do vizinho.

Posso até entender que ele fez parte de uma geração de meninas que sonhavam tê-lo como seu principe encantado, mas pelo amor de Deus, acredito que essas mesmas meninas já cresceram, amadureceram, que não acreditam mais em principes, que algumas até já são mães, no mínimo se formaram, devem estar trabalhando e atualizadas de que as diferenças e escolhas na vida, seja profissional, amorosa ou sexual são muitas e bem diversificadas nos dias de hoje.

Atualmente ser gay parece até cult, modernoso, é como se estivesse na moda. Aliás, ouvi uma frase surpreendente de uma adolescente: "O amor não escolhe sexo e o sexo escolhe pele". Caramba, fiquei de boca aberta, mas achei genial!!!

É isso aí, evolução, transformação, novos tempos-modernos, futuro de uma nova geração que surge, rasgando decretos falidos e insustentáveis. Será assim, gostando ou não, doendo a quem doer, incomodando a quem ainda encontra-se preso a conceitos ultrapassados. Não fico mais passada com nada, por isso só ando amarrotada!

Rick Martin é mesmo um pão, seja com margarina ou requeijão, kkkkkk!!!

Alice de Tim Burton

A aventura pra mim começou a partir do momento em que decidi ver o filme no fim de semana da estréia. Foi o maior corre-corre pra conseguir um lugarzinho bom num cinema que o filme fosse em 3D e legendado. Me senti de armadura como Alice e, tendo de matar um dragão pra conseguir fazer 6 pessoas felizes, uma delas era eu, é claro!

Se valeu a pena? Sem dúvida alguma que valeu! Consegui 6 lugares muito bons no Roxy (que eu adoooooro), no domingo às 22h10min. Tarde? Poderia ter sido pior, havia sessão a meia noite.

O filme é belíssimo, os detalhes, as cores, os traçados, os atores, uma nova história e mais moderna, a Alice guerreira-destemida-alternativa dos anos 2000. Enquanto alguns saiam um pouco frustrados por não terem assistido a clássica história de Alice, eu comemorava o amadurecimento dela e de uma nova história no mesmo País. Além disso, percebi que todos pareciam querer assistir não ao filme, mas o Johnny Depp na pele do Chapeleiro. Eu gostei. Ele é mesmo muito bom, mas não é o melhor do filme em minha opinião. Alice ganhou uma armadura sensacional, mostrou a que veio, amadureceu, já não é mais aquela menina encantada que estávamos acostumados a ler e ver no País das Maravilhas. Ela se transforma numa adolescente que descobre respostas durante sua viagem animada - Há quem diga que Alice se meteu com drogas, tomou uma bala, um ecstasy, deu um tapa, caiu de nariz. . . mas eu acho que não, ela é uma jovem limpa e bem disposta, lunática, naturalmente, mas feliz!


Alice é apenas uma linda e jovem adolescente, cheia de inocência, passando por algumas perdas importantes como a morte do pai e da empresa da família. Depois da viagem ou do sonho, como preferir, ela volta mais confiante, mais valente e tomando as decisões certas sobre sua vida. Mostra-se possuidora de vigor e energia inerente a sua idade, coisa rara hoje em dia nas jovens com sua idade.

Hummm... Fica parecendo que o meu encanto todo vai pra Alice né? Não, não vai! Eu tenho três personagens pra destacar e premiar, se fosse o caso.

Primeiríssimo lugar
O primeiro lugar vai para o magnífico mágico, lindo, glamoroso, fofo, encantador, misterioso, risonho e amigo: O GATO RISONHO. Não é só porque gosto dessa classe de bichanos, mas porque ele está realmente maravilhoso, elegante, sarcástico, encantador e, porque fica com ele a primeira e grande responsabilidade do filme, a de salvar a cabeça do Chapeleiro. A cena é surpreendente, realmente sensacional. A maioria traça a personalidade do gato como um felino traiçoeiro, mas eu posso garantir que isso é coisa de quem nunca teve um felino em casa!
Segundo Lugar
O segundo lugar vai para a estilosa LAGARTA, que é linda, inteligente, cult, faz a linha alternativa e fuma um narguilé como ninguém. É ela a personagem que desde o inicio conduz Alice a pensar sobre sua existência, "quem sou eu, de onde vim, pra onde vou?" - Sua última frase deixa escapar sua crença, ela é convicta de que existe vida após a morte - deve ter assistido Chico Xavier num desses intervalos. Freud também teria se orgulhado da conduta de boa terapeuta que ela encarna no mundo das Maravilhas. Devo confessar que muito me identifiquei com a azulada!

Terceiro Lugar

Em terceiro lugar e não menos importante na condução da trama do bem, o CÃO. Ele foi coagido, pressionado e chantageado pelo lord escravo da rainha vermelha. Tinha como missão encontrar, através do seu faro, a jovem Alice e entregá-la para rainha. Mas é claro que ele não nos decepciona, além de não denunciar e entregar Alice, ele ainda vira de lado e acaba seu melhor amigo. Um doce de personagem, quase humano! Fala ponderadamente, tem valores familiares muito latentes, é ético, de bom coração e fiel.


Bom, como já devem desconfiar e podem ler, o que mais me deixou impressionada com o filme foi justamente a escolha da personalidade dos personagens, das suas características, atitudes, relações de afeto e amizade com os demais e a  forma física que foram criados, desenhados, lineados para dar razão a sua existência. Tudo muito bem elaborado, pesquisado, condizendo com a realidade, muito embora o filme seja recheado de fantasia. Nesse filme pude ver um trabalho muito além de escrever e filmar uma história e, acho que isso sim, deveria ser um diferencial na hora de se premiar com estatuetas de ouro os filmes.

Parabéns para Tim Burton e seus personagens animadíssimos!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Oração Celta


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e atua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!

sábado, 24 de abril de 2010

Cuidando do jardim

Butterfly man - Paraty/2010

Aprendendo com Pessoa

"O amor é que é essencial, o sexo é só um acidente. Pode ser igual ou diferente. O homem não é um animal: É uma carne inteligente, embora às vezes doente. (…)"

Cartas de Amor datada em 05/04/35 - Fernando Pessoa.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Salve Jorge!!! Ogum Ogunhê!!!

Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

Sou devota de São Jorge desde criança e não podia ser diferente. Faço aniversário na véspera de São Jorge e, durante anos, minha avó paterna muito religiosa, me levava à Igreja no Campo de Santana todo dia 23 de abril para assistir (feliz) às 05:00 da manhã a famosa e linda Alvorada de São Jorge.  Lembro que era muita gente, o céu ainda escuro parecia guardar um espetáculo, e esse, era de fato um dos mais belos espetáculos que me recordo assistir durante a infância. Uma queima de fogos se iniciava a partir daquela hora, era muito bonito o céu de reveillon para o santo, parecia interminável. . . Em todos os anos eu me emocionava, eu e ela, que gritava inúmeras vezes: "Salve São Jorge, santo guerreiro e milagroso!" "Salve meu santo!" - eu imitava repetindo com bravura suas palavras.
Foi assim, levada pelas mãos de minha avó que desde criança me tornei devota do santo. Sempre acreditei na sua proteção, na sua lança, no seu manto e na sua oração. Não nego, faço uso dela em muitas ocasiões e não tenho do que reclamar!
Hoje ainda vou prestigiar São Jorge na mesma Igreja, não todos os anos, não mais na Alvorada e, infelizmente, não mais com ela.

Salve Jorge, Salve Edith, rainha da minha guarda!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

VINTE E DOIS DE ABRIL DE DOIS MIL E DEZ.


E de repente eu me vi assim
olhei no espelho e me vi assim
como uma mulher nova, com um olhar diferente
olhar de quem vê a lua cheia refletida no mar
e contempla sem piscar

E eu me vi assim, foi tão de repente
foi de surpresa o meu presente
me peguei tão bem disposta
como um galo que canta às 5 da manhã
como uma mulher de idade nova
como uma brisa leve no meio do outono

E eu assim fiquei pensando em mim
fiquei olhando pra mim
olhando meu rosto e minhas mãos
e olhando bem dentro do meu olho
vi alguém que acabara de chegar de longe
Essa mulher que agora mora em mim
morava antes aonde?

Essa mulher em mim que eu já gosto tanto
Tráz consigo um novo rosto, 
nova página, nova idade, novos sonhos
Ela - eu, moramos agora na mesma casa 
mas não me sinto invadida e nem dividida
nem mesmo quando ela se levanta comigo

Ela me olha pelos espelhos por onde passo
me dá bom dia e segue os meus passos
a cada dia me sinto mais próxima dela
como se fôssemos amigas de longa data 
cheias de segredos inconfessáveis . . .

Hoje essa mulher em mim completa quarenta e cinco anos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cristo grafitado ou pixado?


Que arte é essa que enfeia o que antes era bonito?

Oh! Cristo Rei que foste pixado
Dançai agora ainda amarrado
o funk metaleiro pesado
do Cristo grafitado
Oh! My God, teu filho lhe roga
"Perdoai nossos pecados!"

Cristo lindo, pobre Cristo infeliz
que a tudo vê e nada pode fazer
pixaram seu manto de milagre
pra catarse acontecer

Cristo não se enfurece com a humanidade
Não vai embora, fica por mais outro milagre
Hoje não precisa de cruz, pois já está engaiolado
Aguenta firme, não fica assustado
Deixa com a gente, porque já estamos acostumados

Que o ódio, se isso for, deixe de ser
Que a graça, se isso tiver, deixe de fazer
Que o rancor, se isso contiver, se desfaça
Que a arte, se isso pretende, seja pra enfeitar
Que seja de outro jeito!

Como é triste essa atitude de vandalismo . . .

A vida como ela é

Me conta, me diz
Em que filme o amor era padrão?
Quem foi que disse ou escreveu o manual
de que a flor do amor não se renova?

Onde está a norma amor/9001
que faz do amor tão convencional?

Não tenho amor repetido
Não tenho fórmula
Esqueci de anotar a receita
embora saiba de cabeça todos os ingredientes

Tenho boa parte dos meus sonhos
desejos, delírios e fantasias
tudo guardado pra te entregar
Posso ainda te receber nua
só a luz de velas
posso te mandar uma poesia
pra seu dia encantar
depois te pegar pra jantar

Só não posso garantir
que o amor seja escravo do romantismo
porque acredito no amor livre
desprovido de manual e eterno companheirismo
Quando amo, já me dou por feliz e satisfeita.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vantagem das desvantagens . . .

"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez."


Friedrich Nietzsche

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amar virou cafonice????

"Gostar de alguém é o maior sentimento cafona que já senti . . . virei totalmente cafona nesse momento da minha vida. Eu assumo, estou na maior mela cueca!"

Simone Lustosa
(amiga favorita de trabalho e da prática do Daimoku) 

Foi ele que disse


Veja - Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?
Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.

Veja - É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.

Veja - Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.

Entrevista de Flavio Gikovate à Veja em "Não precisa casar. Sozinho é melhor"

Notícias recentes

 - Vulcão derrete gelo e provoca enchentes na Islândia

 - Enchente do Rio é a 5ª mais letal do mundo em um ano

 - Terremoto no Haiti causou desabamento de prédios e mortes

 - Forte terremoto atinge norte do Chile

 - Tremor de terra é sentido em 3 estados do Nordeste

Resposta da mãe natureza ao tempo de indignação pelos maltratos.

Só tinha de ser com você


É, só eu sei quanto amor
Eu guardei sem saber que era só pra você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Se não era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
É, você que é feita de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

Tom Jobim

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Tentando dormir

Tento dormir sem você
tento não pensar em você
tento, tento, tento 
enquanto tento, penso mais em você!

Mamãe Oxum


Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio pra enfeitar o seu gongá.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Telefomama

Eu tava triste, tristinha . . .
Eu tava só, sozinha . . .
Mas hoje eu recebí um telefonema
Era minha mãe de Botafogo ou do Alabama

Dizendo: - Filhinha, mamãe vai pra Itália dia 21 e só volta daqui uns 15 dias, sei que é seu aniversário no dia 22, mas não se preocupe, já comprei seu presente. . .minha filha sinta-se feliz porque no mundo tem alguém que diz, que muito te ama! Que tanto te ama . . .

E terminou dizendo: - Você terá de ficar com sua gata durante a minha viagem, são só duas semanas, leva ela pra sua casa, tá bom assim?

Por isso hoje eu tive uma vontade danada de mandar  . . .
De bater na porta do vizinho e desejar "@#$%&*!!!"
De puxar os bigodes do português da padaria . . . (Rio-Lisboa)

Uma vontade danada de mandar todo mundo pra delegacia
Ô Mama...ô mama,ô mama

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Input live

"Faça das decepções mais uma experiência de vida,
e de cada experiência, um motivo para continuar vivendo."

Autor desconhecido

In Choc

Essa noite a chuva alagou o meu jardim

Fez tanto frio que congelou partes quentes em mim.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SER OU NÃO SER DE NINGUÉM


Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara:
"... eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também..."

No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim.
Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que toda ação tem uma reação? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja, é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.

Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram.
"Ficar" também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas, e a troca de cumplicidade, carinho e amor.

Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar. Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim, podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos.

E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida SOLIDÃO... Seres humanos são anjos de uma asa só, para voar têm que se unir ao outro"

Arnaldo Jabor

Ser ou não ser, eis a felicidade!

Vivo, enquanto isso me divirto

Já pensei que era feliz enquanto apenas estava feliz
Hoje já sei a diferença entre estar e ser

Acreditei que momentos de felicidade eram eternos
O tempo, as pernadas, as viagens, os personagens
as malas e os edifícios muito contribuiram

Hoje a minha felicidade é pessoal e intransferível, graças a Deus!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alagados

A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê...

Ilhada, sem poder sair de casa!

Salve Salvador

Quando você chegar . . .
Quando você chegar . . .
Quando você chegar . . .
Numa nova estação, te espero no verão
 
Salve, Salvador
Me bato, me quebro tudo por amor
Eu sou do Pelô
O negro é raça é fruto do amor

Salve, Salvador
Me bato, me quebro tudo por amor
Eu sou do Pelô

Créditos:
D. Iara - A encantadora rainha das águas que nos recebeu
Moraes, Mariana, Rafaela, Marcio, Dindinho, Rob Pêra, Gal, Mazinho, Luciano, D. Zuzu e seus 103 anos, as tantas tias de Mel, o acarajé de Cira e de Tânia, o caranguejo de Cely, o Largo do Rio Vermelho, the house of Yemanjá, o Porto da Barra, o Farol da Barra, a Pituba, a Itapoã, Av. Centenário, ao Mercado Modelo, as putas do Pelourinho, a banda que nos reuniu, a briga que saiu, as fotos extraordinárias, o nextel de Josi, os sonrisais de Alê e aos cigarros compartilhados com Adriana.

SUPER obrigada Mel, valeu!!!

domingo, 4 de abril de 2010

Eu sei, mas não devia.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


Marina Colasanti

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
 
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
 
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
 
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
 
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
 
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
 
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
 
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

sábado, 3 de abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Toda Sexta-Feira (em Salvador)

Toda sexta-feira toda roupa é branca
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo céu magenta
Toda sexta-feira todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feira
Todo o mundo é baiano junto

- Adriana Calcanhoto -

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Semana Santa by Acarajé

Daqui a algumas horas em Salvador!
Sou carioca com muito orgulho, mas  . . .
se fosse OBRIGADA a nascer de novo, sem dúvida nenhuma escolheria a Bahia.