segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Qual é o seu tipo afinal?

Tipo de quê, pra quê?
O tipo dos meus olhos ainda é a beleza exterior
Meus olhos passeiam muito naturalmente nos olhos,
nos narizes, nos cabelos, nas formas maliciosas do corpo alheio,
nos sorrisos que mostram os dentes, na cor da pele ......
Meus olhos são independentes do meu coração
Mas meu coração quando forte é capaz de fechar meus olhos

Recentemente descobri que meu tipo
É aquele que vejo com a alma
É ele quem procuro sem pressa
O tipo sensível, doce e educado
Tipo natural, espontâneo, autêntico
que não tem medo de amar tantas vezes for
e quando tiver de sofrer, que seja com dignidade e poesia

Estou ainda aprendendo a identificar
o meu novo "tipo", mas é fundamental que
ele tenha uma alegria contagiante
que ao sorrir me faça sorrir do seu sorriso
bom humor é indispensável
educação nos gestos e no tratar os outros
que goste de viajar, de comer, de música e de gente
que não seja chato e inconveniente
pratique o esporte de fazer o bem a quem lhe cruzar o caminho

O tipo discreto e extravagante, dependendo do momento
Que sabe entender, respeitar e ouvir o silêncio
Sem vícios malignos e loucuras abusivas e perversas
Que goste de animais
Que sente amor quando o amor lhe sente
Que sabe conjugar a dois, cumplicidade, entrega e felicidade

Que não dissimule, que não minta ou use jogos de sedução
Que pratique a fé sem fanatismo
Que pegue na minha mão e me convide pra ir . . .

Que tipo é esse??
Você conhece alguém assim??

Obrigada pela companhia
Obrigada pelo sim
Obrigada por ser assim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

"Eu quero" . . . pra responder você . . .

Pode parecer estranho responder só agora e através desse blog, mas é que quando me fez a pergunta: “O que você quer?” Achei que me perguntava com ironia e injúria e fiquei muda. Muda e paralisada, como há muito tempo não ficava. Analisando mais tarde e sozinha, entendi que não era fácil mesmo te responder assim correndo naquele instante, porque o que eu quero é:

Andar mais tempo descalça
Dormir sem me preocupar com a hora de acordar
Tomar sol sem medo de manchar a pele
Fumar menos e menos até não fumar nunca mais
Não ter o compromisso de estar compromissada
Beber mais água
Apreciar a chuva quando ela cai
Ir mais à espaços culturais
Viajar pelo menos uma vez por mês
Ter cumplicidade nas relações
Fazer do meu trabalho o fio condutor das ações sociais que acredito
Não precisar trabalhar pra ganhar dinheiro
Passar mais tempo sozinha em casa
Assistir mais vezes o pôr do sol
Passar mais tempo no mato, na serra e na cachoeira
Não andar nem me envolver com pessoas vazias
Andar de mãos dadas sem me sentir responsável pela mão do outro
Falar mais de amor e dar mais carinho e atenção aos que amo
Não ter pressa ou correr mais que o relógio
Tomar banho gelado no inverno assim como no verão
Receber os amigos em casa pra curtir suas diferenças
Ir mais ao cinema e ao teatro
Correr mais riscos
Não precisar tomar remédio
Ouvir música boa e cantar alto
Dar mais boas risadas de mim mesma e com os amigos
Tirar um sarro gostoso sem ter que depois ir pra cama
Namorar sem juntar escovas de dente no banheiro
Cuidar melhor das minhas plantinhas
Um milagre que perpetue minha gata (Carol)
Não me importar se não agrado ou se falo o que desagrada
Vestir somente as roupas confortáveis que gosto
Beijar mais na boca das bocas que me encantam
Saborear os bons pratos e as boas bebidas sem culpa
Deitar a sombra de uma árvore e sentir a brisa alisar meu rosto
Ter mais momentos de letargia
Me dedicar mais ao Budismo
Ver as pessoas que amo sendo e fazendo coisas que lhes deixam felizes
Cuidar melhor e mais de mim
Mais pacientes e maior tempo de dedicação pra elas
Escrever mais e com muito mais inspiração
Sentir mais os cheiros e aromas que gosto
Usar só um tipo de perfume
Seduzir as pessoas certas ( "as que não tem medo de se entregar")
Dedicar mais tempo pra minha mãe
Encontrar minha tia no dia que partir e sentir seu cheiro novamente
Praticar tênis sem sentir dor na coluna
Ajudar mais as pessoas que precisam de ajuda
Conhecer mais gente que me ensine, que me ajude a crescer
Falar mais de diversidade e dos direitos humanos,
Dignidade e finalmente ser feliz na minha simplicidade!



Acho que não conseguiria te responder tudo isso naquele momento e, naquele momento, você não teria a menor paciência pra ouvir a resposta, porque você já respondia por mim.

Coincidência

Ontem assistindo a leitura de “O Ovo e a Galinha” de Clarice Lispector, ouvi uma parte do texto em que ela dizia que muitas vezes achava que não era ela mesma quem escrevia suas coisas, que algo lhe fazia acordar de madrugada pra escrever algumas palavras ou frases soltas, onde as mesmas mais tarde virariam textos e/ou poesias.

Isso sempre me aconteceu, ultimamente acontece sempre.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Minha Clarice Lispector



Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão!
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer
- E daí? EU ADORO VOAR!

MARIA GADÚ





Tudo Diferente
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Lounge
http://www.goear.com/listen/e6fb1fd/lounge-maria-gadu
Vamos pra um lounge
Beber um vinho safra ruim
E conversar sobre a TV
Vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão
Se encontrar e se perder
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Vamos entrar
A minha casa não é quente
Trago o vermelho pra esquentar
Vamos suar
Com o veneno da serpente
Que eu roubei pra te picar
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor

Dicas

Clarice dispensa comentários!



Eu acabei lá . . . no maior corre-corre porque a Daniella me disse por telefone: "Olha tem que vir logo, a sala está cheia e estamos encerrando a venda dos ingressos". Eu corri, fui realmente muito rápida, mas na direção errada, rs. O centrinho cultural, que eu não conhecia, ficava na rua ao lado da minha, quase na mesma direção do meu prédio, e eu não sei por que, achei que fosse no teatro do Café Leblon e saí em disparada . . . Tomei um banho ultra rápido, peguei a primeira roupa que vi, o tênis calcei sem a meia, o que me causou várias bolhas (ai que dor!) nos dois pés. Quando cheguei no teatro errado foi que recuperei a lucidez, tomei a direção de volta correndo e pensando: "Burra, burra, louca, louca, que droga!!!" mas imediatamente ouvi aquela voz companheira que mora no meu interior dizendo: "Não, que nada, tudo tem um significado para o bem, nada me acontece que não seja pra me aprimorar, amadurecer, facilitar, salvar, se fui na direção contrária foi porque algo foi evitado ou está sendo preparado . . . é o universo se fazendo presente na minha trajetória". E eu quase sempre tenho razão!!! Foi assim!
 Quando cheguei no local devidamente certo, a Dani me disse: "Poxa, você demorou, não pude guardar os ingressos e acabou de acabar, mas tenho uma ótima notícia, vamos passar a leitura por um telão na sala do 2º andar, tem 80 lugares, ar condicionado e é free". Imediatamente meu botão foi acionado e a voz falou em mim: "Viu, não te disse, eu nunca te coloco em furada, te atrasei com a precisão absoluta pra você ver de graça e esperar seus 02 amigos com calma (a Mel e o Alê). Assim foi. Deu tempo da Mel comer uns belisquetes, eu tomar café e Alê chegar atrasado. Assistimos com direito a sentarmos juntos, comentar no ouvido e rir da maconha daninha que Clarice fumou antes de escrever sua obra.A lição de Budda é essa, confie nos sins e nos nãos que você recebe do universo, o que muitas vezes pode lhe parecer um não, é justamente um sim pra outras possibilidades!

O ovo e a galinha? Creio eu ter sido uma grande viagem hidropônica de Clarice, ela estrelou os ovos para as crianças no café da manhã e fez da casca um pó branco (igual ao seu ovo). Sentou-se à mesa e sem se dar conta cheirou 2 cascas de ovo. Impressionante!!!

Clarice, continuo te amando e te admirando, mas não entendendo bulhufas do ovo, talvez com muito esforço . . . um pouquinho da galinha . . . rs!

Devaneei

Eu não sei te enganar porque me engano junto
me sinto tola como um cão que corre atrás do próprio rabo
Confesso, nunca quis ver o pôr do sol no Arpoador
nunca quis sair da praia pra sentar no Bracarense
muito menos te levar pra minha casa
tudo isso era pretexto sem sexo pra te encantar

E agora? O que eu faço com teu encanto?
Pra onde vou pra não te deixar me ver 
Meus segredos ficaram na mesa do ultimo bar
você colocou no bolso meu cigarro
não quis me devolver aquele rabisco rasurado
Ai, o que eu vou fazer com essa confusão?

Não sou assim não, eu juro que não
só estava brincando, não me leva a sério não!!!

Eu vou por aí, por onde você não possa me ver
por favor me apaga, essa película é a maior furada
prefira não entender, vai por mim
te garanto que não vai perder nada
Só estou querendo me impressionar

Olha, olha pra lá, veja a lua inteira em cima desse bar
Toma ela, leva pra você e sonha que eu não estava no seu sonho
Não me inclua, não quero me culpar de já ter culpa
Nós não prestamos e nem fazemos boa mistura.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Palavras Não Falam - música

Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo e vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco e ele me mostra o que eu não
sei
E me faz ver o que não tem palavra
Por mais que eu tente, são só palavras
Por mais que eu me mate, são só palavras

 
Mariana Aydar

Meu olhar de lugar vazio



Quando ouço de ti:
"Onde estava agora
que pairou no teu olhar
um lugar vazio sem história?"

Não sei, não sei te responder
Devo ter fugido um instante por aí
Peguei carona num lápis de cor
ele riscou um arco-íris na minha memória.

O que importa é que nesse lugar aqui
Agora . . . em poucas horas . . . estou!
Não adianta procurar vazio pra
fazer de conta que não me vê
que não me entende
que eu sou um nó.

Vê se não arruma mais essa história!

Tá na minha hora . . .




Te bebo nos bares em cada gole
Esqueço teu nome e o mapa da nossa história
Te falo muito por muitas horas
Não te permito ficar, mas não te deixo ir embora
Você sabe . . . tenho medo que nos volte àquela paranóia

Ah! Você vai daqui pra lá, de lá pra cá
Brinca de ficar e ir embora
Cuidado, se me der a louca pego o próximo avião,
Ônibus ou até caminhão
Quando bate em mim a saudade
Dos teus palavrões e arranhões
Acordo logo cedo querendo me afogar

Não, não, por favor,
Não deixe eu desligar o despertador
Não posso outra vez me atrasar
Hoje eu tenho que trabalhar



terça-feira, 3 de novembro de 2009

DICA DE CINEMA


COCO ANTES DE CHANEL

Gabrielle, junto com sua irmã, é deixada ainda menina num orfanato no coração da França, e todos os domingos ela espera, em vão, que o pai volte para buscá-la … Quando jovem, se apresenta cantando com a irmã num cabaré onde os freqüentadores são soldados bêbados a fim de diversão e prazer. Além de cantar no cabaré, ela é uma humilde costureira que conserta bainhas nos fundos de uma alfaiataria de cidade pequena. Conhece Etienne Balsan, que lhe oferece um

refúgio seguro em meio a um ambiente de decadência, vícios e leviandade. Coco, apelido lhe dado por Etienne, é uma mulher apaixonada que sabe que nunca será esposa de ninguém, rebelde, autêntica, ousada, inovadora e ambiciosa. Perde sua grande paixão, Boy Capel, o homem que retribuiu seu amor, num acidente de carro e desde então nunca mais teve nenhum relacionamento sério com ninguém, é o que se sabe, apenas. Uma rebelde que considera as convenções de sua época opressoras e prefere usar roupas mais leves e soltas, tecidos mais macios, confeccionando suas próprias roupas a partir das roupas dos homens, ousando, inclusive, a vestir calça comprida, o que naquela época era um afronta. Não usava espartilho, cinta e nem rendas, seus vestidos eram soltos e não marcavam seu corpo. Esta é a história de Gabrielle “Coco” Chanel, que começa a vida como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma jornada extraordinária, se torna a lendária estilista de alta-costura que personificou a mulher moderna e se tornou um símbolo atemporal de sucesso, liberdade e estilo.
Simplesmente lindo, adorei!!! Vidrei na tela, a atriz tem uma singularidade de expressões que encanta, consegue transmitir em seu olhar e atitudes um misto de fúria e docura que é de arrepiar. Recomendo!