terça-feira, 30 de março de 2010

Esse é o verdadeiro pensamento budista.


"Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo."

Luiz Fernando Veríssimo

DO LUTO À LUTA

DO LUTO À LUTA - SÍNDROME DE DOWN

Em Do Luto à Luta, Evaldo Mocarzel usou parte da sua experiência familiar (ele é pai de Joana Mocarzel, a Clara da novela Páginas da Vida) para enfocar a inserção social e cultural dos portadores da Síndrome de Down. O filme é corajoso e comovente, tem uma qualidade incomum: o viés pessoal não se sobrepõe ao enfoque objetivo do tema, mas o informa e autoriza. Assim, Mocarzel equaciona melhor do que nunca sua participação dentro do filme.

É um filme de família, em muitos sentidos. Reunidos diante da câmera, pais e filhos relatam histórias de rejeição, superação e amor incondicional. O drama que às vezes se passa dentro do quadro seria inapreensível por qualquer filme de ficção.
Sempre disposto a um exercício de metalinguagem documental, a certa altura o diretor entrega seus meios de produção a um jovem casal portador de Down para que eles roteirizem, filmem e editem um pequeno filme-dentro-do-filme. 

O filme passou num canal desses da tv por assinatura e por sorte eu acabei passando pelo canal e assistindo um pouco do filme. Fiquei emocionada em várias cenas, com os depoimentos dos jovens portadores da síndrome, dos pais e dos amigos. Pra explicar o meu interesse e envolvimento com o tema do filme, preciso revelar que tenho um tio portador da síndrome de down, Aquilles, o nosso Quilinho, que completou no dia 08/03 seus 62 anos de idade. Aliás, valendo do sentido da palavra down . . . de down ele nunca teve nada, sempre foi UP,  muito ativo, dinâmico, criativo, alegre e alto astral.

Pra mim e pra minha família, meu tio é a eterna criança, o eterno jovem, o eterno menino. Cresci brincando com ele, dançando, cantando, soltando pipas, disputando mergulhos na piscina e tentando ser sua professora, querendo ensiná-lo a ler e escrever. Na ocasião de seu nascimento, meus avós não gozavam de boa situação financeira, o que lhes impediu de buscar melhores condições para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, além do que, na época não haviam muitas instituições e profissionais com tal especialização. Mesmo assim meu tio teve um bom desenvolvimento da linguagem e das funções motoras, sempre foi muito independente . É muito falante, se comunica muito bem, entende perfeitamente tudo que ouve e vê e elabora o pensamento. Escrever e ler ficou no mundo imaginário, mas ele sempre acreditou no que escrevia e lia pra gente como sendo real e compreensivo, afinal, papai noel sempre recebeu suas cartas e lhe trouxe os presentes certinhos.

Uma das coisas que acredito ter contribuido muito para o seu desenvolvimento psicomotor e cognitivo foi o fato dele ter trabalhado na linha de produção da fábrica de bebidas da minha família. Era o funcionário que tinha a melhor performance, o melhor ritmo e manuseava as máquinas e as garrafas com uma sincronia de dar inveja a qualquer um. Empilhava as garrafas na máquina giratória para a limpeza, depois passava as mesmas garrafas para a máquina de encher, depois pra máquina de rótulos e finalmente pra máquina que fechava a garrafa com as chapinhas ou rolhas. Ele nunca perdia o ritmo, era como se dançasse diante das máquinas e as garrafas fossem suas bailarinas, era ele quem as conduzia pelo salão. Eu queria imitá-lo, mas confesso que nunca consegui fazer o que ele fazia com aquelas garrafas e máquinas. Era o mais disciplinado funcionário, só faltava se estivesse doente e mesmo assim reclamava de não poder ir ao trabalho.

Suas paixões e seus prazeres sempre foram os mais simples, as novelas, filmes, a hora de comer, seu aniversário, as datas comemorativas - festa junina, natal, ano novo e carnaval, roupa nova, a família reunida, dar e receber carinho dos sobrinhos e irmãos, nadar e mergulhar na piscina de nossa casa de veraneio.

Sempre que a família aumentava e nascia mais um sobrinho ele queria apadrinhar e tomar conta, oficialmente ele não batizou ninguém, mas todos nós nos sentimos um pouco afilhados dele, não só pelo carinho e cuidado, mas porque ele era o melhor tio dentre  todos, afinal era criança como a gente. Nos fazia acreditar que seríamos eternas crianças, assim como ele.

Ele é muito amado por todos nós, sempre foi tratado com muito amor e carinho. É adotado por todos que frequentam a nossa família, exatamente por seu brilho pessoal, pela sua própria conquista, por ser realmente um ser especial. Acredito em anjos e ele é pra mim o anjo guardião da nossa família. Um amor, uma ingenuidade de encantar, um ser humano quase em extinção pela sua bondade, um coração rico de bons sentimentos, o beijo e o abraço mais terno e puro que já experimentei. No seu abraço sinto a presença de Deus, como se a divindade, se assim posso chamar, estivesse ali materializada.

 Esse post é uma pequena homenagem ao meu tio e a todos os portadores de SD, por serem todos criaturas especiais, capazes de transformar todos a sua volta, principalmente os membros de sua família. Eles nos ensinam sobre a pureza, a bondade, a ingenuidade, o amor, a simplicidade, a entrega, a felicidade e principalmente sobre as relações de afeto - eles nascem com a trissomia do cromossomo 21, geneticamente eles se dividem em 3 .... Pai, Filho e Espirito Santo.

Meu tio é a pessoa mais incrivel, mais carinhosa, mais humana e gentil que tive o prazer de conhecer e conviver. Hoje, devido a sua idade está com suas funções psicomotoras limitadas, apresenta quadro de Alzheimer e já não reconhece mais a sua prole de sobrinhos que tanto lhe adoram, mesmo assim continua nos beijando e transmitindo amor no seu olhar.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Frase da madrugada


"Se possivel for, surpreender!!!"

De braços abertos é mais gostoso VIVER!!!



Hoje ao abrir minha caixa de e-mails, havia um e-mail com o título "De braços abertos", um texto da minha adorada Martha Medeiros. Me foi enviado por uma amiga especial, aliás, tenho amigos, e essa é uma delas, que selecionam coisas muito legais pra me enviar, textos, vídeos, arquivos, etc. A grande maioria deles se refere a assuntos que gosto, imagens bonitas, vídeos interessantes, textos polêmicos, arquivos com frases ou textos de incentivo e de ajuda, notícias sobre temas ligados ao meu trabalho e a minha profissão, poesias, pensamentos, coisa e tal . . .
Quando li o texto da Martha já foi pra mim um mergulho, uma degustação de creme cheese com geléia de pimenta (provei e adorei!). No texto ela fala da sua percepção com relação a linguagem corporal, quando o corpo fala o que você ainda não pode verbalizar ou quando o corpo reage ou expressa as suas defesas.
Ela deu um exemplo de quando insistia em cruzar os braços ao conversar com alguém que estivesse querendo se entregar, ou seja, o corpo se defendia dos sentimentos que ela mesma não tinha coragem de assumir ou expressar. A reação corporal foi uma forma de denuncia pra que ela mesma pudesse se perceber e mudar, que foi o caso.
No final do seu texto, ela posta a foto acima, do pequeno Kiki Joachin, o menino de 7 anos que foi resgatado dos escombros do Haiti e que foi responsável pela cena mais doce dessa tragédia infame. Então, em homenagem ao Kiki, ela termina seu texto com a frase: "Que a gente nunca mais cruze os braços pra nada!"
É isso aí, como de costume, a Martha mais uma vez me encantou, a foto me fez sorrir e até chorar, a questão explicitada no texto e na foto é a minha cara, sobrevivência, luta, disposição, diversidade, cultura, transformação, amor, entrega, vida, alegria. . . Aliás, é ou deveria ser a cara de toda gente, porque isso é viver de braços abertos para a VIDA.


Olhe bem pra foto, olhe fundo no rosto de Kiki, nos olhos, na expressão e na abertura dos seus braços. . . Fica claro que ele não desistiu porque nunca teve dúvidas. Enquanto esteve naquele buraco soterrado, Kiki não duvidou de que veria novamente a luz do dia, que sobreviveria, que novamente iria sorrir pra alguém, que ainda tinha muito pra quem se entregar nessa vida! Valeu Kiki, que seus braços abertos possam servir de inspiração aos que não estão soterrados, mas mesmo assim mantém-se de braços cerrados para a VIDA!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Grazie a Dio

Eu morceguei a semana toda e cai de cabeça na sexta-feira . . .

quinta-feira, 25 de março de 2010

125


CRESCENTES LATENTES . . .

Distrais Agem


Eu vago,

divago, ando e calo
Me permito, me distraio 

No meu olhar fotografo a paisagem
desse esquadro faço uma história
movimento em imagem
movimento leve sem matéria

Meu pensamento se descola e vai embora
quando me sinto novamente, estou navegando
sou eu, a praia e a poesia feita de ultima hora.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Viagem


Estar perto não significa que não se está longe
No entanto, mesmo quando longe se está
é como se estivesse muito perto
Quando viajo no imaginário é na sua direção
E se as viagens são necessárias no mundo físico
o sentimento nunca faz as malas
ele continua a florescer no nosso jardim.

Sem comentários!

terça-feira, 23 de março de 2010

Saudade ...

Palavra enorme, INFINITA de tom forte, 
Enobrece e dá vida ao meu sentimento,
Mulher e Deusa toda vestida da palavra saudade
Desenho na palavra todas as horas que sinto
SAUDADE DE VOCÊ!

Uma porta de saída e uma de entrada.
O que vale fica e o que não vale que valesse.
Nada de culpa ou de noites mal dormidas,
nada de coração na boca nem de frio na barriga.
Certas coisas não se explicam.
Não existem palavras que as descrevam
ou soluções que as resolvam.
Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos.
A alma entende e a boca cala.

Fernanda Melo

Minhas mãos no teu destino

Virei minha mão ao contrário
e apaguei definitivamente as linhas imaginárias
Nem mesmo aquela cigana da Candelária
poderá mais reconhecê-la

Falei quando te vi que mudaria a tua vida
Sejamos realistas, eu poderia passar
Sem te ver naquela esquina e sem buzinar
Acredito no nosso destino e naquele papo de fio condutor

Estava tudo pronto pra festa começar
E a gente sem saber e sem se reconhecer
Éramos convidados de honra esperando a música tocar
Minha mão segurou a sua
Nossas linhas se apagaram mutuamente

Agora a minha mão aperta a sua,
no cinema, no bar, na rua, na minha e na tua casa
E nessa hora me dou conta que nada fiz ao contrário
Ela já tinha previsto na palma da minha mão
“Teu amor está aqui e vem com força te encontrar”

Você sempre esteve, só faltava chegar
A Iza é cigana, não tinha como errar!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Segunda com cara de segunda-feira


Primeiro dia de trabalho depois de 30 dias achando as segundas tão parecidas com os sábados . . .

Reunião
Nova senha
Treinamento
Sistema novo
Projetos em andamento
Almoço com fila pra pagar
Papo em dia, "conta tuuuuuudo!"

Por enquanto tudo está sendo leve e cheio de boas novidades.
Ô meu Pai, conserve assim até as próximas férias!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sala arrumada - parte 1



Querendo aproveitar as férias e arrumar a casa que ainda não foi decorada em sua totalidade, isso sem contar que já faz 2 anos que me mudei, vesti minha capa de morcego e virei a madrugada de quarta para quinta, acompanhada de um amigo um tanto sensível para assuntos femininos. E não é que sem gastar a baba que eu esperava, a sala teve seu glamour e me encantou!
Redução de uns tantos $, acomodação e reciclagem de bom gosto do que já tinha do antigo apê e tchan tchan tchan . . . prontinho, casa arrumada e novinha em folha.

Confere!



Agora fica faltando um espelho ali, um pendurador de bolsas e casacos, quadro pra uma ou duas paredes, as letras adesivas para compor uma poesia, de minha autoria, na parede do meu quarto, uma cadeira e um abajur para o quarto dois e pronto . . .

quarta-feira, 17 de março de 2010

Re - espirando

"A respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio."

Clarice Lispector

terça-feira, 16 de março de 2010

Como é difícil . . .

Tentando viver sem você
companheiro de longa jornada
Estou me sentindo sua escrava
Como é difícil me livrar do cigarro!

ParaTy, ParaMim, ParaNós


Sexta-feira, pousada reservada, mochilas prontas, kit sobrevivência, vinhos e espumante, I Pod na mão - "adoro essa música...976" -  pé na estrada. Uma pequena (média) paradinha em Muriqui pra uma pizza de atum e óleo e seguimos rumos à Paraty - chegamos quase meia-noite - recepção de Cláudio, o camisa branca e tênis de cor.
                           
Um paraiso de bom gosto, sensibilidade e muita paz,
assim é o canto-atelier de Juan em Paraty

A tarde com Marina e Juan foi super gostosa, teve banho relaxante de cachoeira por uma trilha linda no meio de uma floresta verdinhda e cheirosa, brinde com rosé, churrasco de Juan, condomínio gramado com um lindo rio na frente, confidencias, declarações de amor, histórias de encontros, laços novos, olhos marejados e outros olhares . . .


A noite se fez e a hora estava a nossa espera. Fomos ao teatro - a peça é do grupo "Contadores de História" - são várias histórias contadas por duas pessoas totalmente vestidas de preto até a cabeça, pois elas não são os personagens dessa peça, mas sim as responsáveis por dar vida aos bonecos que realmente são, em silêncio, os verdadeiros artistas desse espetáculo. Sensacional!


E foi aí e assim que o episódio inesperado aconteceu, entre uma dor, um enjoo, um mal estar, uma sensação de falência, as cores que se perdem da face, o gélido suor do corpo e a nítida certeza de que não existe controle remoto que mude ou de jeito nessa sensação. Existe no entanto, dois lados da moeda, um que sofre e outro que pode experimentar a verdadeira cumplicidade e parceria, trazendo felicidade e certeza em plena tempestade.


ParaTy se revelou ParaMim nas bambas e frágeis caminhadas, enquanto ao lado alguém me segurava, meu coração bate lento fisicamente, mas acelera na direção certa - ParaNós!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Correm os dias

Faltam apenas 10  dias para acabar as férias e tenho a sensação de que não aproveitei como deveria, ou pelo menos que gostaria, snif! Melhores virão!

A lembrança acordada da minha menina

Antes de dormir senti um cheiro que me fez lembrar de quando era menina e andava descalça no quintal de terra da casa de meus pais.
Resgato na memória as tardes em que eu passava cantarolando, despreocupada com a vida, com a hora e a prosa. Essas eram de fato todas minhas, mais que isso, eram todas pra mim, as horas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Simplesmente TUDO!

“Simplesmente eu, Clarice Lispector”

A peça é adaptada, interpretada e dirigida por Beth Goulart.
Teatro do SESI - Av. Graça Aranha, n 01 - Centro

SIMPLESMENTE AMEI!


Cenas da peça
http://www.youtube.com/watch?v=2BSXWdBulbs&feature=related

Entrevista com Beth Goulart
http://www.youtube.com/watch?v=mQYEr3R1u58

Entrevista com Clarice Lispector - parte 1 / 1977
http://www.youtube.com/watch?v=9ad7b6kqyok

terça-feira, 9 de março de 2010

Futuro

ESTÍMULO / LIVRE ARBÍTRIO / ESCOLHA / CONSEQUÊNCIA

sábado, 6 de março de 2010

T ponto M

Vazio, vaso, vago
Explicar o quê?
Universo feminino, universo uno
Um, dois, três
conto até mais de uma vez . . .

Que jazz uma vida

Eu sei de tudo que me diz
Sei que é para o meu bem
No véu escondido do teu querer bem
Tem o egoísmo de não me ver morrer
Enfim, não é da morte que falamos
mas da vida

Você pensa em mim
como se a morte pudesse remediar
Eu vivo sem medo, vivo conteúdo
Não quero ficar, mas estar o tempo que for sem evitar

Não quero tudo nem muito
só o tempo de germinar
Quando? Quanto?
Você, eu, ninguém vai determinar

Olha a música tocando outra vez . . .
Deixa esse papo pra lá, vem dançar!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ofício do meu prazer

Eu te recebo hoje e todas as semanas
pra te ouvir e te traduzir no impossível
daquilo que mais tens medo de conhecer.

Uma reserva na Barra

As férias me proporcionam essas paisagens
Traduz o tempo em minha margem

Tanques e Carrossel

"Você tem fome de que?"
Se oferece balas de canhão ao mundo
ele te retribui com flores
Se convida a praça inteira a duelar
os pássaros te gorjeiam
Se oprime ou sufoca teu manto de amor
beijos lhe lançam
Se pisa e bate o pé feito moleque danado
muitos te convidam pra dançar
Se ainda não sabe o que quer
Se ilude os teus com aflição e desamor
É porque a criança que te sorri
ainda não pode descer desse carrossel.

Minimamente


Minimamente . . .
o ser humano é recheado de conflitos
camuflagens e artifícios
Busca o que quer no âmbito do impossível
naquilo que está mais distante
Esquece ele que:
o essencial muitas vezes está perto, fácil
pode, quase sempre, estar ao seu lado
Nem aqui nem no Japão
o verbo não pode ser mudado ou disfarçado
Poucas coisas me valem hoje
poucas pessoas me encantam ainda
Não necessariamente é preciso filosofar
justificar, parecer cult, inteligente, chique, besta
Faço questão da poesia, mas todo o resto pode ser clichê. Eu no fundo nem ligo!
Na alma e no coração o que bomba mesmo é sentimento e emoção.

terça-feira, 2 de março de 2010

Roubo no escuro III - Nov/18

E quem diria ou podia imaginar,
faltavam apenas 3 dias pra moça encontrar.

"E no caminho, enquanto ouço Nana, penso em como é difícil encontrar o amor. E penso em amor que não é feito só de fantasia, mas de realidade e lealdade sem hiatos. Em amor que não é feito só de pele, mas de alma e cumplicidade, crescente no tempo. E foi assim que cheguei, nesta bela manhã ensolarada, a duas brilhantes e já antigas conclusões: de que as melhores coisas da vida são mesmo as mais difíceis de achar e que eu sou mesmo um amálgama de contradições procurando o amor com tanto medo de encontrar."  MF

Temeu

É teu, é meu
Diga lá qual é meu pé
Diga se ando só
ou se você vem comigo
por esse caminho . . .

Versão em Sy maior!

No escuro II

Não temo à ti dizer do muito que se passa em mim
nem da fome, nem dos delírios, muito menos do íntimo
Perdi já contigo, ou em nós, as poucas frases
Deleito do plantio dos nossos segredos

Não vejo caminho extenso se não ao seu lado
por isso mesmo, ando sendo tua todas as noites
umas nuas, noutras apenas abraçada
Pouco me importa a performance das pernas
ou os sussurros que deixamos na sala
O que vale mesmo é sentir que entregue, tua
já é teu o meu corpo e a minha alma.

O que é de mim hoje, nunca antes foi de alguém
O que te entrego, é novo tanto pra ti quanto pra mim.

Pode chover


Chove tudo, chove até colher
deitada ou em pé
não quero acordar e nem tomar café

Férias de quê?
Ah! Não é preciso levantar
não tem trabalho hoje pra fazer
Volto pro cobertor e me enrosco
São Pedro, pode deixar chover!

C . . . L

Nêga Nagô

Minha nêga nagô
Calêndula de calimbé
Flor da Guiana
Doçura caiana
Me côa um café, dá de cumê caburé

Minha nega fulô
Cabrocha pixaim
Cata capim
roça o aipim
faz um qualquer, dá de cumê caburé

Cabriola no ar
Masca fumo cheira rapé
tem mandinga e borogodó


- Vander Lee -