quarta-feira, 30 de junho de 2010

Música de cabeceira

"Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar
Segredos...
E eu não sei
Que hora dizer
Me dá um medo
É que eu preciso dizer
Que eu te amo
Te ganhar ou perder
Sem engano
Eu preciso dizer
Que te amo, tanto..."

Eu Preciso Dizer Que Te Amo
Cazuza e Bebel Gilberto

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A frase que abre a semana

Parece até musica baiana, daquelas que Ivete canta olhando pra câmera toda séria, faz um olhar de cachorro abandonado esperando um carinho do seu dono . . . mas não, não é música, essa é a frase de para-choque de caminhão, eleita a melhor da semana:

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Tá bom nada!!!

0 X 0


Dizer que está tudo bem, que zero a zero é melhor que perder ou ganhar é demais! Nem eu que morei um tempo em Portugal e que tenho parte da família portuguesa, estou satisfeita. É claro que ganhar é melhor, qual competição não se entra pra ganhar? Que tipo de atleta é esse, que tipo de torcedor é esse?
Pra mim foi a maior pelada, os jogadores brasileiros atacaram com medo, um ataque contido de um lado só da grande área, com medo de correr, de entrar com tudo, volta e meia jogando a bola pra trás . . . eu hein, kd o Adriano, o Ronaldinho, o Gaúcho . . . kd o Romário, o Bebeto . . . ai meu Deus, tá na hora de nascer mais Rivelinos, Zicos, Pelés, Garrinchas . . . deixa a molecada jogar, tira o videogame da mão desses meninos!!!

É tempo de vivificar!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O profeta

Todas essas mulheres


Tantas mulheres me habitam
mulheres d'alma e de chão
Uma é fêmea em chama e vulcão
gosta de ver sua fenda abrir
já a outra é eremita sem tesão

Muitas gritam dentro de mim nomes e palavrão
Mulheres que sou sem nome próprio
sem medo, sem vergonha, sem condução
Essas tantas que possuo em mim
brincam no playground do meu coração

Tenho uma mãe, uma irmã, uma doida,
são todas famintas, guerreiras, santas, carentes,
sorridentes, felizes, cheirosas e cheias de crença
uma delas não acredita em nada, solta fogo pelas ventas
Somos tantas, eu e elas, que não me sobra tempo pra solidão

Dentro de mim há uma festa com música eclética
dançam as mulheres soltas no meu salão
me fazem rodopiar...lenta feminina, salsa masculina
Só tenho um nome, um corpo de palco pro espetáculo
mas sinto como se fosse eu a casa itinerante
que alimenta do meu próprio sangue e abriga,
Todas essas mulheres . . .

Manias

Óculos de sol e agora de grau também, relógios, colares e pulseiras, bolsa, guardar  papéis e cartões escritos por mim e por amigos, cutucar as unhas, pequenos travesseiros na cama, simetria dos objetos, de lavar várias vezes as mãos quando estou cozinhando, de organizar roupas por cores e calcinhas enroladas, números pares, limpar os cinzeiros, de tudo no lugar,  estalar os dedos das mãos quando acordo, fumar depois de escovar os dentes, blusa branca, cortar o cabelo com a mesma pessoa, de me isolar algumas vezes, reunir pessoas e misturar tribos, cozinhar pra muita gente, nunca beber na latinha, pimenta na TPM, passar a mão nos cabelos, de não misturar a comida no prato, verificar a conta bancária todo dia, de não falar muito pela manhã, jeans e tênis, dormir do lado esquerdo da cama mesmo sozinha, de repente ficar ausente mesmo estando presente, de esquecer as coisas que ouço mesmo quando são importantes, pintar as unhas da mesma cor, viajar pra montanha, ouvir música alta, de não deixar nada pro dia seguinte, de levantar as alças do sutiã, de observar as pessoas, guardar contas, roupa larga, fotografia, tentar resolver os problemas dos outros, revistas de decoração, controlar meus gastos, tirar anéis e pulseiras quando chego em casa, de ainda comprar cds, de eletrônicos e atualizações, não voltar atrás, refazer-me sempre que preciso, quando confusa ou indecisa ficar sozinha e conversar comigo em silêncio absoluto, praticar o mantra sempre que a coisa aperta, de dentes tratados, de calcinhas sem costura, comprar pela internet . . . tantas mais, mais tantas . . .
"O louco que reconhece sua loucura possui algo de prudente; porém, o louco que se presume sábio esse está realmente louco."

 
- Sakyamuni -

Sentimento sem nome

Uma vontade danada de ir embora, de puxar a cordinha da condução do mundo e saltar no primeiro ponto. Vontade de pegar um avião sem saber o destino de entrega, sair sem direção em vôo de principiante eufórico, com muita pressa de ir sem saber onde chegar.

Aprendendo com as diferenças que moram em mim mesma, convivendo com as tantas vírgulas dos meus pontos, escrevo um livro preto e branco, tantas vírgulas, virgulas, virgulas, ora pontos!
Esse sentimento que nomeio tristeza por não saber o nome, é sentimento novo e antigo, sentimento confuso que não me deixa a vontade, que não se mostra a face e esconde de mim a verdade.

Acordei com uma vontade enorme de ser abduzida, como se eu, dessa terra não pertencesse ou não merecesse estar. Acordei como quem dormiu tão bêbada que não se lembra onde está, como foi o dia e a noite anterior, uma espécie de "outra" levantou em meu lugar e desmemoriada de tudo não me deixou existir nem pensar.

Como alguém que diz adeus, fui me vendo longe sem poder falar, surda e muda de um corpo que parecia o meu, mas aprisionado numa tristeza de dar dó, com um nó no gorgomilo (lembro de Gilda, e já consigo sorrir!), um aperto no peito e um choro silencioso que só pelos olhos se pode escutar.

Uma sensação de perda, de despedida, como se ficasse órfã, um adeus sentido e sabido, mas sem sentido, do qual eu não faço a menor idéia.

Sinto uma sede de água que quanto mais bebo mais sede me dá, uma sede de oceano que nada pode saciar, uma sede que mais se parece com fome, vontade de morde até sangrar.

Estranho esses abismos desconhecidos em nós mesmos, umas estradas internas que nunca vimos por dentro, como se nunca antes tivesse atravessado. Talvez sim, talvez essa vírgula eu nunca tivesse antes desenhado no livro. As tristezas também são inigualáveis e inexplicáveis, cada uma conta uma história, uma memória recente e diferente. Às vezes não se revelam nem pra gente.

"Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar..."

quarta-feira, 23 de junho de 2010

VOCÊ É...

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê.
 
Você é o que ninguém vê.
 
Martha Medeiros

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O amor é possível, basta acreditar nele.


Naquela festa, havia pessoas estranhas, esquisitas mesmo. A comida servida não era para o seu bico e aquele de fato não era o seu dia, não era? A questão é que ali eles se viram sem se olhar quase que pela primeira vez e nada aconteceu, ou tudo ali estava por acontecer. Não mais a fim de ouvir a gritaria de uma bêbada em cólicas que atravessara o seu caminho, ela pediu licença e foi à luta, digo, embora!

Ele não lembrava mais dela quando seu telefone soou avisando a chegada de um torpedo, era ela lhe pedindo um favor e ele disse sim sem pensar. Num dia qualquer, talvez o seguinte, eles se encontraram sem a menor pretensão pra assistir aquela que amam por afinidade. Tudo estava acontecendo rápido e eles ali como escravos do tempo e do destino, sendo usados sem saber.
Nesse dia mais um convite, o convite do encontro entre o destino e a realidade se estabeleceu e ela disse sim para uma viagem nas montanhas, sem saber o tamanho do sim que estavam predestinados.

A menina foi chegando com medo, desconfiada, um pouco sem jeito e quase calada.
Não acreditava que aquele encontro poderia render mais do que um feriado, ele por sua vez, também estava confuso e acreditava que daquele encontro só lhes restariam uma bonita amizade.

O destino agiu de forma segura, contrariando todas as tentativas de fuga desses dois, fazendo com que ambos se aproximassem mutuamente a cada dia. Ele fez boas conquistas, mas poucas bobagens também, logo no inicio - o que era natural, uma vez que se encontrava confuso. Ela se recolheu, foi embora acreditando que suas intuições sobre aquele encontro estavam certas.

Como um pergaminho escrito a muitos anos, nada podia mudar o que ali estava escrito, nem o tempo, nem o envelhecimento do papel ou da tinta, ali estava a sentença desse encontro inusitado. Sem condições de lutar contra, ele teve uma espécie de chamado de consciência e começou a avaliar suas atitudes durante seu ultimo encontro com ela. Foi então num domingo a noite, que resolveu passar uma mensagem pelo celular pra dizer da sua saudade e do seu interesse, fez pedidos de desculpas ignorados por ela. No dia seguinte, ele seguiu seu impulso e lhe mandou flores com um cartão de desculpas, convidando-a mais uma vez a namorar. Ela não teve saída, ou acreditava que era possível ele ser seu novo amor ou acabava de vez com a sua crença no amor. Ela fez a opção certa, continuou acreditando no amor.

Essa história completa 7 meses, ele feliz, ela aliviada de ter lhe dado mais uma chance, ela feliz, ele cada vez mais encantado e enamorado, ela amando, ele acreditando no amor por ela. Ambos pensam em futuro, filhos, família . . . Ele sem se importar muito sobre os conceitos de amor, ela querendo ainda uma resposta do universo . . . Mais??? Briguinhas sim, desentendimentos em alguns fins de semana, stress do trabalho, manias de cada um - na cama, na mesa, na vida - ciuminhos tolos, mas nada que abale ou fadigue o amor e a cumplicidade, o alto astral, o bom humor e o destino que uniu esse casal.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pequenas vírgulas de meus pontos


Em mim mora uma ponta de Iceberg, que derrete de repente se o sol aperta.
Em mim mora um monte de gente, mas ninguém com título de propriedade da minha terra.
Terra que muitos permito passar, deitar, afofar, cultivar, arar, cuidar
Terras de Brasilis, terras touro cor de fogo.
Nessa, nem eu, nem ninguém pode pisar.

Não tenho nenhum truque de mágica, nenhuma carta em mangas,
Nas mangas, só a cor, o cheiro e o sumo
Das frutas que brotam e crescem em minha terra
quero as mais densas, as mais coloridas e raras, misteriosamente saborosas.

Nenhuma pretensão de ser pretensiosa, apenas guias me guiam
com proteção, com fé, força e muito axé
sem escudo, sem espadas, sem arma nenhuma na mão ou no pé
De certo que uma luz em cima brilha e ilumina
os caminhos e trilhas por onde eu tiver de passar.

Espaços e contrapassos

Já era bem tarde quando passei pelo corredor e senti aquele vento soprar de fininho me causando arrepios, não vi nenhuma janela aberta, a não ser a do meu coração, que estava contraído de frio.
Não acendi nehuma luz, não fiz nenhum barulho, apenas fiquei por ali quieta no meu canto. Não fiz questão nenhuma de propor a divisão de bens porque não havia ali, bem nenhum. Esperei dar a hora para abrir os olhos e o coração. Mais um dia raiava e eu estava esperançosa de lá fora encontrar um sol bem quentinho pra nos aquecer outra vez.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Voo Livre

Alçar o vôo livre, se lançar,
no mar azul do vento velejar

Quando o coração ascende
explode como o brilho de cristal
lança nas manhãs a primavera
é como o arco-iris na janela do quintal

Quando o coração atende
se atira e se deixa levar
abre suas asas contra o vento
como uma ave que começa a se soltar

Quando o coração aprende
toma de assalto a direção
dispara de tanta felicidade
respira a liberdade que disponta como o sol

Alçar o vôo livre, se lançar,
no mar azul do vento velejar
 
Luis Guedes

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Festa estranha com gente esquisita, eu não tô legal!"

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Confissões

- Adoro dar títulos ao que escrevo.
- Ando cansada de dirigir todos os dias.
- Certos sites de rede de amizade me parecem tolos demais.
- Tenho muito medo de estar te esquecendo.
- Detesto usar óculos pra ter que enxergar.
- Odeio roupas que pinicam ou não me deixam a vontade.
- Me irrita quando encostam o cabelo molhado em mim pela manhã.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Verdade aprendida

"Escolha um(a) homem (mulher) para dividir a sua vida com quem você possa sobretudo conversar, porque isso é o que fica. Todo o resto passa". 

Só acrescentaria: "que tenha bom humor e preze a paz".

Dias como tantos outros e "eu" como nenhum outro.


Ah! Não liga não, pelo menos umas 4 vezes no ano eu fico assim mesmo, de saco cheio de tudo, reclamando e achando que o mundo estacionou exatamente em cima da minha cabeça. Tenho vontade de rasgar todos os papéis, boletos, cartões, talões, envelopes, encartes de promoções, sair costurando no trânsito e mandando sair da frente todos os lentinhos e confusos que cruzam o meu caminho, esquecer o que é e o que representa notas numeradas e "cifronadas", desligar os telefones, apagar as luzes e fechar as janelas. Tudo isso é temporário, criserepentina, podendo durar 1 ou 2 dias e muitas vezes até, poucas horas . . . Depois tudo volta ao normal.

Poucos os que percebem a minha different face, eu mesma já me acostumei tanto que nem me dou muita bola! Aliás, às vezes é muito bom não se dar bola, não ceder aos próprios caprichos e passar longe, bem longe das nossas ranhetices e exigências.

Hoje pela manhã eu queria ser uma britadeira e fazer um buraco no meio do Leblon e me enfiar, agora, estou mais para cafeteira, louca por um café e um cigarro, depois . . . só o caminho de casa me salvará!




No azul tudo fica bem mais leve!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Onde fica o botão???

Ninguém falou sobre o frio dessa madrugada nos noticiários
Não li nada na internet sobre ter sido a noite mais frio do ano
blá blá blá blá blá . . .
E eu que morro de calor no inverno
Essa noite supliquei que desligassem o ar condicionado
mas . . . onde fica esse botão?
Nossa, como é angustiante não ter controle das interferências ambientais
não poder desligar, parar, frear, diminuir
não saber onde fica o off
Isso sim é vivenciar o cume da impotência!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"A Casa dos Budas Ditosos" - comentário

No sábado fui com as amigas assistir a peça "A Casa Dos Budas Ditosos", adaptação do livro de mesmo nome de João Ubaldo Ribeiro, encenado por Fernanda Torres, no teatro do Fashion Mall. Eu ainda não tinha visto a peça, apesar da mesma já ter ficado em cartaz anos atrás. Também não li o livro. Enfim, eu era uma virgem de platéia naquele espetáculo. A peça não me decepcionou e, segundo amigas, a adaptação foi muito bem-feita e Fernanda Torres é simplesmente ótima. O que mais me encantou foram os trejeitos, o sotaque e os dialetos da linguagem baiana usada por ela sem muito esforço.
O espetáculo narra as aventuras sexuais de uma mulher baiana de 68 anos. Ela, cujo nome não é revelado, compartilha com a platéia desde sua iniciação sexual até as mais loucas surubas. Conta sobre as amigas, suas descobertas, as viagens e seus amantes. Ela é uma mulher que gosta de sexo e assume isso sem pudores. É um espetáculo profundo, cheio de desejos, tesão e, pornograficamente elegante que fala de sexo sem culpa ou moralismo.

Existe uma parte da peça que ela dá uma aula de sexo, através de conselhos sobre como praticar algumas modalidades e de como gostaria de perder sua virgindade. Tudo com muita naturalidade, sem fazer do assunto um tabu ou um segredo de estado. Sexo como água, como necessidade aprimorada e cheia de possíveis ensaios e criatividade - adoro isso!

Entendi, mas não concordo muito com o slogan que está sendo veiculado sobre a peça "uma peça para se assistir com os amigos". Acho que poderia ser substituído por: "uma peça para se assistir sem resistência, para liberar os traumas e os tabus sobre o sexo". Vale assistir com quem quiser, vale a pena assistir de qualquer jeito, porque é intelectualmente pornográfica e isso é falar de sexo como sexo é: uma assunto que faz parte da vida de todo mundo, ou pelo menos dos que estão VIVOS!
Enfim, é um espetáculo para - os que gostam de sexo porque vão se deliciar com as histórias dela, para os tímidos porque terão a chance de se liberar um pouco e rir com vontade ao ouvir tanta sacanagem e, para os recheados de pudor e tabus, pois a peça é um tratamento de choque: ou vai chegar em casa e soltar a franga e libertar-se das culpas ou vai entrar no armário e chorar baixinho com pena de si mesmo.

Chega, assim eu vou acabar intimidando os traumatizados e, eles não vão assistir a peça com medo de soltar as putas e os putos que enjaulam dentro dos seus infernais calabouços libidinosos. Uagrahhh!!! kkkk!!! Ai, desculpa, devaneei, rs!!!

Vale muito a pena assistir a peça, não tenha medo, vá mesmo. Se puder, sente no meio e de preferência da 1ª a 5ª fila, pra ver a Fernanda bem de pertinho . . . oras Amy, oras a própria mãe, oras a tia Graça, oras a tia Motoy, todas sessentonas de SSA.

Céu de outono


A noite foi mal dormida, ah foi sim!
Barulhos alheios de quem não tem vida boa pra viver em casa e precisa estar na rua até de madrugada. Janela indiscreta a que mora na parede do meu quarto, janela que grita o mundo lá de fora e não deixa a  gente dormir.
- Vamos, tá na hora, bora!
Acordar sem ter dormido é a pior coisa da vida pra mim! Dormir devia ser a primeira e mais divina oração aprendida e concedida aos seres humanos - ninguém deve acordar antes do seu despertar natural!

A paisagem era o caminho nosso de sempre, carros parados em direção ao túnel e a Lagoa espelhada pelos primeiros baixos e sutis raios de sol matinal.
Ouvi uma voz carregada de bossa nova, gostosa e arrastada me dizendo:
- Adoro esse céu de outono!

Despertei!
Vidrei nos olhos de quem vê o céu e vi neles o meu céu de anil que abre todas as estações.

O telefone

Era sábado quando pouco mais de nove horas da manhã o telefone tocou e nos acordou:

- É telemarketing?
- Não, sim, era, não, não vai acreditar . . .
- Quem?

Era o meu relógio acordando pra você, era ele de longe me dizendo:
"Agora você é livre e pode amar de verdade outra pessoa e ser feliz sem estar nesse lugar de amar-é-sofrer ou, amar-é-o-tempo-todo-discutir-a-relação."

Que alívio eu senti ao ouvir aquela voz longe, distante de mim e da minha realidade. Sem jogar poeira nos olhos ou cuspir no prato .... eu me senti uma pessoa muito mais livre e feliz.
Olhei para o meu lado oposto da cama e descobri que é possível, que um dia a gente pode e deve estar bem, pode acertar! Tem direito de escolher outra vida pra viver melhor.

O que passei, valeu! O que sofri me preparou! O fim de um dia, é o começo de outro!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Budismo de Nitiren

É o conjunto de escolas que seguem o ensinamento budista de Nitiren, monge japonês do século XIII.
Entre outros pontos em comum, essas linhagens afirmam que o Sutra do Lótus torna os demais sutras budistas verdades parciais. Os ensinamentos anteriores teriam sido proferidos pelo Buda Shakyamuni em caráter provisório, de acordo com a capacidade dos ouvintes, enquanto no Sutra do Lótus ele profere seus ensinos a partir de um ponto absoluto, segundo a interpretação do Sutra de Lótus e do Sutra do Nirvana por Nitiren.
Principalmente porque Buda deixou explícita a mensagem de que seria o Sutra Lótus o único Sutra a ser seguido, revela numa passagem do Sutra Lótus que: "Dentre os sutras, Este é o Rei soberano". Sem margem de possibilidade de adoção de qualquer outro tipo de ensinamento.
Outro tópico essencial ao Budismo de Nitiren é a utilização de um único mantra, "NAM MYO HO RENGUE KYO", que, em uma tradução simples, significa "Devoto-me à lei mística do Sutra de Lótus", mas cujas sílabas desdobram-se em outros significados. De acordo com as escolas, O daimoku (como é chamado o mantra), encerraria em si a Lei do Universo e despertaria a natureza de Buda em quem recitasse. Portanto, outro pilar da fé nos ensinamentos de Nitiren seria o poder de atingir o Estado de Buda na existência atual e, através da disseminação dos ensinos (Shakubuku), buscar a paz mundial (kossen-rufu).
Dentre as práticas dessa tradição budista, encontram-se a recitação do mantra Nam-myo-ho-ren-gue-kyo" a uma mandala tradicional chamada Gohonzon e a realização de duas cerimônias de oração diárias, denominadas Gongyô, em que são recitados trechos do Sutra de Lótus na pronuúncia japonesa do texto em chinês.
Existem dúzias de escolas de Budismo de Nitiren, com significativas diferenças doutrinárias principalmente quanto ao papel exato de Nitiren.
No Budismo Primordial HBS (Honmon Butsuryu-Shu), o Grande Mestre Nitiren Daibossastu, assim chamado, é reconhecido como Mestre Renascimento do Jyougyou Bossatsu, Bossatsu Primordial, que realizou o estabelecimento da Religião do Odaimoku, orando pela primeira vez em voz alta, aos 32 anos de idade, no dia 28 de abril de 1253.
Algumas, como a Nitiren Shu, tratam-no como um importante sacerdote que revelou à população o Verdadeiro Budismo, mas submisso a Shakyamuni. Outras, notavelmente a Nichiren Shoshu e a organização leiga Soka Gakkai, consideram Nitiren como o Buda Original da era de Mappô, dedicando sua atenção a ele em vez de outros Budas, cujos ensinamentos também teriam se tornado impraticáveis e inadaptáveis aos tempos atuais.
É necessário frisar que o budismo de Nitiren baseia-se na lei de causa e efeito, ou seja, na relação entre palavras, pensamentos e ações do indivíduo para com a sua condição de vida presente ou futura. Tudo que o ser humano desfruta de positivo ou negativo é resultado do seu carma, podendo ser ele positivo ou negativo, variando de acordo com suas ações, palavras e pensamentos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo_de_Nitiren

Da chegada do amor

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis um amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar, (não o caso)
mas cuja demora do caso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse

Elisa Lucinda

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Bem Vindo seja!!!

A resolução da imagem é muito ruim mas a linguagem corporal é ótima!

terça-feira, 1 de junho de 2010

A comunicação nossa de cada dia

"A tarefa mais importante da linguagem (...) não é a de “representar”, mas a de criar laços discursivos entre os sujeitos e/ou entre eles e as coisas e os estados de coisas ao redor, de modo a estruturar um universo de sentido minimamente compatível com a sobrevivência dos humanos. É essa a tarefa erótica da linguagem; e esse o sentido freudiano de “ligação” significativa da pulsão sexual ou meramente pulsão da vida "(COSTA, 1992, p. 15).

Desta forma, quão importante é a questão da linguagem comunicativa, posto que, para além da importância desta na história da humanidade, é também crucial para o próprio desenvolvimento psíquico do humano, dado o fato de estar intimamente ligada às suas pulsões vitais. Daí a inferência de sua total importância na comunicação entre os relacionamentos.


Texto extraído de: OS RUÍDOS DA COMUNICAÇÃO - PERCEBIDOS ATRAVÉS DOS OUVIDOS DELAS
(Felipe Militão, Felipe Muniz, Gabriel dos Anjos, Mariana Sandoval, Ricardo Henrique e Sueli Belmonte)

Meio ano


Fui eu que corri ou o tempo voou em seis meses?