segunda-feira, 21 de junho de 2010

O amor é possível, basta acreditar nele.


Naquela festa, havia pessoas estranhas, esquisitas mesmo. A comida servida não era para o seu bico e aquele de fato não era o seu dia, não era? A questão é que ali eles se viram sem se olhar quase que pela primeira vez e nada aconteceu, ou tudo ali estava por acontecer. Não mais a fim de ouvir a gritaria de uma bêbada em cólicas que atravessara o seu caminho, ela pediu licença e foi à luta, digo, embora!

Ele não lembrava mais dela quando seu telefone soou avisando a chegada de um torpedo, era ela lhe pedindo um favor e ele disse sim sem pensar. Num dia qualquer, talvez o seguinte, eles se encontraram sem a menor pretensão pra assistir aquela que amam por afinidade. Tudo estava acontecendo rápido e eles ali como escravos do tempo e do destino, sendo usados sem saber.
Nesse dia mais um convite, o convite do encontro entre o destino e a realidade se estabeleceu e ela disse sim para uma viagem nas montanhas, sem saber o tamanho do sim que estavam predestinados.

A menina foi chegando com medo, desconfiada, um pouco sem jeito e quase calada.
Não acreditava que aquele encontro poderia render mais do que um feriado, ele por sua vez, também estava confuso e acreditava que daquele encontro só lhes restariam uma bonita amizade.

O destino agiu de forma segura, contrariando todas as tentativas de fuga desses dois, fazendo com que ambos se aproximassem mutuamente a cada dia. Ele fez boas conquistas, mas poucas bobagens também, logo no inicio - o que era natural, uma vez que se encontrava confuso. Ela se recolheu, foi embora acreditando que suas intuições sobre aquele encontro estavam certas.

Como um pergaminho escrito a muitos anos, nada podia mudar o que ali estava escrito, nem o tempo, nem o envelhecimento do papel ou da tinta, ali estava a sentença desse encontro inusitado. Sem condições de lutar contra, ele teve uma espécie de chamado de consciência e começou a avaliar suas atitudes durante seu ultimo encontro com ela. Foi então num domingo a noite, que resolveu passar uma mensagem pelo celular pra dizer da sua saudade e do seu interesse, fez pedidos de desculpas ignorados por ela. No dia seguinte, ele seguiu seu impulso e lhe mandou flores com um cartão de desculpas, convidando-a mais uma vez a namorar. Ela não teve saída, ou acreditava que era possível ele ser seu novo amor ou acabava de vez com a sua crença no amor. Ela fez a opção certa, continuou acreditando no amor.

Essa história completa 7 meses, ele feliz, ela aliviada de ter lhe dado mais uma chance, ela feliz, ele cada vez mais encantado e enamorado, ela amando, ele acreditando no amor por ela. Ambos pensam em futuro, filhos, família . . . Ele sem se importar muito sobre os conceitos de amor, ela querendo ainda uma resposta do universo . . . Mais??? Briguinhas sim, desentendimentos em alguns fins de semana, stress do trabalho, manias de cada um - na cama, na mesa, na vida - ciuminhos tolos, mas nada que abale ou fadigue o amor e a cumplicidade, o alto astral, o bom humor e o destino que uniu esse casal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário