sexta-feira, 21 de maio de 2010

O inferno mora embaixo


Eu moro no Leblon e sei o quanto é um bairro maravilhoso, mas não é  porque o Manoel Carlos inflacionou o metro quadrado e idealizou todas as Helenas do núcleo rico das suas novelas morando aqui não. É porque adoro mesmo esse bairro, os tipos de pessoas, os restaurantes, os carrinhos de bebes desfilando pelas calçadas largas nas manhãs de domingo, o café na padaria ou no Talho Capixaba entre os que chegam da noite e os que acordam dela, a praia logo alí, as ruas largas, o cinema de rua, o teatro do café, o Chico e Alayde, a galeria do teatro entre vários bares e a Cobal, o Zona Sul a menos de um passo, as livrarias, a boemia, a Rio Lisboa que não fecha nunca, só quando o gato mia, o clube do magnífico flamengo que é meu vizinho e . . . tudo isso já bastaria pra ser perfeito né mesmo?

Então, seja onde for, nunca more em cima de um bar famoso e "bem frequentado" por torcedores tarados. Mesmo no Leblon você vai se arrepender, a menos que desça e torça com eles! E pra não ficar achando que isso é pouco, quando não tem jogo, ainda assim tem a vontade de beber, falar alto, gritar, cantar, bater palmas, ficar a madrugada inteira se embreagando sem permitir que o bar feche até o último cliente sair, quando sai - pausa - de segunda a segunda.  Rompendo o silêncio (olha ele aí denovo!), a paciência e o sono dos involuntários, mas que levantam cedo para o trabalho e passam o resto do dia batendo cabeça no computador.

Não se pode fazer nenhuma analogia desse post com o postado logo abaixo, não falo do mesmo silêncio em ambos. O silêncio que me refiro aqui é o silêncio mensurável, que se pode ouvir pelos ouvidos, que é coletivo e fundamental para uma boa e saudável noite de sono. Falo desse silêncio social do qual todo cidadão deve ter direito de usufruir para manter a sua boa saúde física e mental diariamente.
Por isso Eu detesto o ITAHY!!!!!!!!!!!

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