quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cais

Vejo dias entrando em noites
Longas noites de velas, vinhos e novelas
Ando fazendo questão de me perder
Sem considerar os nomes e sobrenomes

Viagens reais que me levam, me conduzem
Entre umas e outras,umas ficam,
outras desaparecem,
Encontros inevitáveis e fulgazes
Nem lembro mais a cor do seu vestido

Tenho um cais que não é seguro
Balança demais, vez ou outra perde o rumo
Não ancora, não pára de enjoar
E eu que sempre fui de olhar o horizonte
Me sinto marinheiro nadando no ar

Nas noites que não durmo
Espero brincando encontrar a luz
Que seja do dia ou da noite
Que seja de qualquer cor
Não precisa ser muito difícil não
Caso seja, eu vou acabar dormindo
Ou enjoando.



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