segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entendendo e aproveitando mais os momentos

Hoje lembrei de um tempo em que meu nível de tolerância era muito baixo. Muitas coisas me chateavam, me incomodavam, coisas tão poucas, tão bobas como, por exemplo, quando era casada e o outro deixava a casa bagunçada. Roupas pela sala, jornal espalhado, copos por todos os cômodos, óculos perdido pela casa, pia cheia de louça por lavar, sapatos no banheiro, material de trabalho na mesinha da sala, coisa e tal.
Por muitos anos ouvi frases do tipo: "Porque essas coisas te aborrecem tanto se eu estou aqui?" ou "Você dá mais valor pras coisas do que pra mim!". Pra falar a verdade, naquela ocasião eu achava essas frases uma espécie de desculpa pra não ter de mudar de comportamento e, ficava mais irritada ainda porque o outro me tirava de insensível, materialista, mau humorada, chata . . . e . . . e acho que eu era mesmo! Hoje eu mesma me permito fazer quase tudo o que reclamava no outro, sem culpa nenhuma. A única diferença é que ninguém arruma o que eu desarrumo, a não ser eu mesma!
Fiquei pensando, pensando, pensando e pensei: "O que realmente eu queria do outro com aquela cobrança?" Eu ainda não achei uma resposta que fosse totalmente convincente ou satisfatória, mas tenho ouvido algumas ditas por mim mesma durante os meus exercícios de silêncio, como: "Eu queria que o outro me desse uma folga pra poder fazer um pouco aquele papel de desordem sem culpa e, que o outro limpasse, recolhesse, juntasse, organizasse as coisas que eu espalhasse, ou, que o outro fosse tão organizado quanto eu dentro da NOSSA casa, ou então fosse pra sua casa fazer aquilo sozinho!".

E que jeito teria se o outro morava alí mesmo comigo? Mesmo quarto, mesmo escritório, mesma sala, mesma  C O Z I N H A, mesmo banheiro, aí, uí!

Hoje, no meio do nada (será?) ouvi meu silêncio falar comigo. Ele disse: "Que se dane se a roupa, o óculos, os sapatos, o jornal, a louça, o material de trabalho está ali ou acolá, o que importa mesmo é quando você está aqui!"
Como é bom estar menos chata, menos mau humorada, mais tolerante, menos explosiva, menos mandona (não confundir com madona!).

Hoje tenho a sensação de viver mais e muito melhor os momentos do que antes.

Ah que bom, assunto encerrado! Achei a melhor resposta pra anos de questionamento!
Saí e fui almoçar com uma amiga que eu tanto amo e, ao  comentar com ela sobre o assunto e as conclusões que cheguei ela me sai com a seguinte opinião: "Talvez você não se incomode mais tanto com isso porque sabe que é temporário, ninguém está morando definitivamente com você."

Poxa, eu tava acreditando tanto na resposta que encontrara no meu silêncio . . . Cheguei a pensar que aquela era a resposta mais convincente que eu poderia ter me dado.
Agora já não sei, voltei a me questionar de novo. . . vou ter de ficar em silêncio mais um pouco!
. . . É? Vou? Ou não? Não, não vou! Eu não preciso pensar nisso agora, ainda continuo morando sozinha e realmente, por enquanto, só me visitam os temporários mesmo. Que bom, vou continuar adorando aproveitar os momentos com o outro ao invés de reclamar da bagunça que está a casa. A bagunça é minha, a casa também, então deixa pra lá até quinta a faxineira da um jeito nisso.
Viva a faxineira uma vez por semana, desse casamento eu não me separo de jeito nenhum!!!

9 comentários:

  1. Anônimo24/5/10

    É amiga, aproveita que os visitantes são temporários, para resolver essa questão aí dentro... Já já você casa de novo e... já pensou ter que continuar se engasgando com livros, jornais, sapatos e outras 'cositas mas' fora dos seus devidos lugares? Afinal, escolhemos as pessoas pelo olhar, pelo caráter, inteligência, etc e coisa e tal. Ninguém traz no currículo o grau de organização. E, aposto, você não está disposta a perder o amor da sua vida (que é claro, vai aparecer!) porque ele não é tãããão organizado quanto você, e continuar aproveitando menos o momento no próximo casamento.
    Acho que não né?! rsrs
    Adorei o almoço! Beijos,

    ResponderExcluir
  2. Anônimo24/5/10

    O amor coloca tudo na mais perfeita desordem...

    ResponderExcluir
  3. Anônimo24/5/10

    Se é amor...

    ResponderExcluir
  4. Anônimo26/5/10

    Claro, se é amor.

    ResponderExcluir
  5. Nossa, quanto anônimo!!! Pode se identificar gente, coloca pelo menos o nomezinho.

    É lógico, também acho, também concordo, "se é amor".

    SB

    ResponderExcluir
  6. Fernanda26/5/10

    Fernanda...

    ResponderExcluir
  7. Bem Vinda Fernanda!!!
    É Ruiz?
    beijos

    ResponderExcluir
  8. Fernanda27/5/10

    Prado. Leio você de vez em vez... desculpe o anonimato. Parabéns pelo blog!

    ResponderExcluir
  9. Obrigada Fernanda, fique a vontade e volte sempre que quiser.
    bjs

    ResponderExcluir