segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A filha que caiu do céu

Poucos sabem, mas tenho uma a-filha-da que acabou de completar 30 anos em março e não para de me dar dores de cabeça! Tem 30 mas pensa e apronta como adolescente mesmo . . . carro rebocado, IPVA vencido, multas, carro alienado sem poder vender, terapia 1 vez por semana na minha conta,  internet é o jardim lá de casa, nextel não para de tocar até no banho, faculdade? quantas tentativas???
Fomos ao cinema nesse domingo, ela, eu, minha mãe e uma amiga, depois comemos umas tortas deliciosas na Cobal de Botafogo. Percebi um certo ti-ti-ti entre ela e a minha amiga, sem entender já entendendo, fui logo falando "NÃO", ela riu como se eu não estivesse entendendo nada, mas ainda bem que a gente nasce antes pra ficar esperta primeiro que elas. Respondi na lata: "se ele quiser que venha até aqui falar com você, nada de sair daqui pra falar com estranhos e nem dar celular sem conhecer o cara antes".
Ela entendeu o meu recado e ficou na dela, trocando olhares, é claro! Ao sairmos da lojinha pra ir embora, o desaforado que se diz tímido, foi atrás dela e pediu o seu telefone . . . e eu parada com minha mãe fiquei olhando aquela prosa sem poder fazer nada, meio surpresa com a atitude do rapaz e esperando o desfecho. O que foi engraçado mesmo nisso tudo foi o que senti nessa hora . . . uma sensação de invasão, de ter um estranho mexendo com o que é meu, uma vontade de dizer meia dúzia de sai pra lá....blá blá blá .... Mas é claro que me controlei e não fiz nada disso. Ela deu seu telefone ao rapaz, que ligou logo que chegamos em casa.

Fiquei com aquela sensação de que pularam a cerca do meu jardim, pisaram na grama e roubaram a minha flor de estimação. Que sentimento tolo, mas profuuuundo!

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